Pois,
é. Estou tranquilo numa esquina qualquer, com um amigo. Só leveza e
bom humor. Feliz. Simplesmente, feliz da vida. E com uma felicidade
para ninguém por defeito. Tinha acabado de realizar o meu sonho:
comprei aquela moto de que tanto sonhava. Linda de morrer e a
hilaridade transbordava por todos os poros da minha pele. Não tinha
coragem nem de a tocar - para não correr o risco de arranhar a pura
lindeza e fascínio da minha moto - quanto mais de dar uma voltinha
com ela. Estava só curtindo. Não parava de captar e de mostrar
todos os seus detalhes e requintes ao amigo, que, a esta altura do
campeonato, já deveria estar morrendo de inveja. Tudo isso era
curtição pura e o júbilo me levava a todos os céus imagináveis e
também até aos inimagináveis.
E de repente acontece isso:
E de repente acontece isso:
O
que é isso? Alguém pode me explicar?
Mas,
espera aí. Deixa eu me acalmar e por os pensamentos em ordem. Pelo
meu senso de direito e de justiça, quem é dono da rua, das
vias públicas é o pedestre. E eu sou pedestre. Sou eu quem autorizo
aos motoristas e condutores de carros e de outros veículos a transitarem nas ruas e vias
públicas, desde que me respeitem e garantam a minha integridade
física e psíquica. Para isso, elegi deputados e governos, que
produziram um código de trânsito para regular esse meu direito irrenunciável.
E
o que acontece? Os carros e veículos pintam e bordam nas ruas e eu
fico de bobeira? São poderosas armas para matar e não respeitam ninguém.
Não,
isso não pode ficar assim!
Mas,
infelizmente essa é a nossa realidade. Anualmente, no Brasil, mais
de 35 mil pessoas morrem em acidentes de trânsito. Isso, sem falar
nos R$ 153 milhões unicamente para custear tratamento
hospitalares dos acidentados no tráfego brasileiro. Uma média de R$
390 por minuto.
E ainda tem mais: o índice de pedestres mortos representa 43,4% do total de vítimas de acidentes de trânsito. E é porque, pela lei, eu, pedestre, sou o dono da rua. Imagine só se eu não fosse.
Durma com um barulho desse!
Acelino Pontes
Tem condutores, e tem os que se acham dono do transito das regras , se acham no direito de trafegar com seus veículos sem querer respeitar os transeuntes , os direitos individuais de ir e vir , são donos de suas razões , como há motociclista e há motoqueiros , como há pedestre que não respeitam os veículos , os que não respeitam ás faixas de pedestre , no fim são todos infratores , pois ainda não aderiram á consciência e á cultura do respeito pelo código de transito Brasileiro , está na cultura do povo á transgressão e á falta de disciplina onde poderia começar com um currículo escolar , isto agiria no subconsciente formando bons cidadão futuro , desta forma contribuindo muito para diminuir acidentes de transito , por outro lado os agentes fiscalizador tem de fazer que todos cumpra ás leis imposta executando com maior rigor. O Brasil tem muito que mudar seus conceitos e padrões culturais começando por aqueles que são nossos legítimos representantes que colocamos lá através de nossos votos.
ResponderExcluirA inclusão de aulas de trânsito no currículo escolar é fundamental para mudar essa cultura de que as ruas e via públicas são só minhas e sou senhor absoluto delas.
ResponderExcluirParabens, pela proposição.
Acelino, onde foi isso?
ResponderExcluirExemplo notável da contingência - dimensão da incerteza da vida. Será a força e o poder inconsciente da tal inveja?
Abração.
Ana Cançado
Aninha,
ResponderExcluirnão tenho essa informação, acredito que aconteceu em algum país de lingua espanhola; pelo sotaque, talvez em Espanha.
Nossa fiquei em estado de choque....pois tenho moto.
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