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Fonte: Internet. |
Tudo
começou com a ilusão do descobrimento, que findou numa
terrível invasão que nos ladroaram
muitas riquezas e quase dizimava
com a população de brasileiros, que hoje é uma minúscula parcela
da população ameaçada de extermínio
total pela ignorância de invasores,
bandeirantes, sertanistas, madeireiros
e mineradores ilegais.
Depois,
tivemos o status
de Colônia com as suas Capitanias, impetrando um pandemônio
geográfico na
existente
divisão
das
terras e
nações
brasileiras da
época.
Não passavam de tiras de terras matematicamente desenhadas em todo o
então território suposto e ditado pelo Papa, lá em Roma. E
Lisboa exporta para sua Colônia tudo o quê não prestava em suas
cadeias, e a Colônia entrou para o Código Penal Português, como
mais uma forma de encarceramento de prisioneiros de alta
periculosidade ou de prática de crimes infames. Bons tempos,
aguardavam a Colônia. Os pobrecitos
dos brasileiros que se virassem com essa marmota. Resultado: os
brasileiros eram escravizados ou eliminados em massa.
E
ainda teve outro fator: o fator Jesuíta. Esse era terrível; foram
mestres ferozes da Inquisição, em especial da Contrarreforma.
O brasileiro só tinha duas chances: abraçava o cristianismo ou
tornava-se presa de
‘caça livre’.
Uma boa parte não teve conversa e logo se deixou batizar para não
se tornar escória da nova sociedade brasileira.
Com
o tempo, os invasores notaram que brasileiro não se prestava para
escravo de jeito algum. Ademais, os brasileiros catequizados e
batizados deixavam de ser um bicho qualquer da
‘caça livre’,
para ser cristão com direito a alma, perdão de seus pecados e
alguns
chocalhinho
outros. Daí,
pela Lei Canônica não poderiam mais ser escravizados, pior ainda
eram irmãos
(de fé) dos invasores escravagistas. Pronto, a celeuma estava feita
para a economia da época.
Mas,
como para todo mal tem uma solução, surge
a salvação
com
os navios negreiros. Os senhores da economia esqueceram os
preguiçosos e manhosos brasileiros e começaram a importar nativos
da África para
o trabalho escravo.
E por serem de pele negra, certamente não tinham alma (pelo menos
cristã), então eram bichos, ‘caça
livre’.
Daí
a Colônia, por obra e graça do imperador de França, de nome
Napoleão, se tornou Reino Unido. A
festa foi total para os invasores. Brasileiros e africanos
escravizados não acharam nenhuma graça nisso.
Brasil tinha Rei
Com
o Rei em casa e com o status
de Reino Unido, o Brasil passou a ser uma entidade internacional com
todas as honras e pompas. Enquanto, o outro parceiro, Portugal,
humilhado por Napoleão ficou subjugado ao Império de França.
Situação muito confortável para o Brasil dos portugueses; mas
terrível para o
dos
brasileiros e o
dos africanos
empenhados com a larguíssima produção para a exportação.
Napoleão
deposto, o
Rei
foi-se. Aqui
ficou um príncipe bem abrasileirado e mulherengo pra ninguém por
defeito. Não demorou muito tivemos o
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Fonte: Internet. |
Império
Aqui
pra nós e a longo prazo, não foi assim tão ruim para o Brasil. Mas
infelizmente, até hoje e para muitos a história
de reinado não pega bem. Se pego o exemplo do Reino Unido inglês
funciona bem e até é bem baratinho. Hoje, com o nosso regime
presidencialista, somente as despesas com o tal ‘cartão
corporativo’, dava para financiar umas 3 rainhas da Inglaterra. Por
cima de tudo, poderíamos ter um primeiro-ministro Lula ou Bolso,
porém todo brasileiro saberia que passava logo; não precisaria
aguardar longos 4 ou 8 anos para uma mudança. Ademais, os
brasileiros não correriam o risco de suportar um chefe de estados
(imperador) com uma matemática dilmatesca que extrapola todos os
cálculos até agora desenvolvidos, em especial, no cálculo dos já
famosos 30%. Na monarquia parlamentarista, o chefe de estado é
preparado durante a vida inteira (alguns até bem mais do que 70
anos) para o exercício do cargo. Isso já é uma certa garantia de
sucesso.
O
Império
namorou o tempo todo com o povo brasileiro. Fez de um tudo para se
tornar a solução para as crises constantes, mas não teve jeito.
Nem mesmo a declaração de independência, a abolição da
escravidão foram suficientes.
O povão estava apaixonado pelo novo, a república presidencialista.
Se fosse pelo menos a parlamentarista, ainda dava para engolir. Mas, povo
é povo; quis e teve. Foi como o povo alemão: quis o Hitler
e teve; acabou com a Alemanha, mas o povo teve o quê queria. E
ainda tem gente lá pr’aqueles lados, namorando com um novo Hitler.
Pense numa
benquerença
pra lá de sem
futuro.
Mas,
com o segundo imperador já bem idoso e cansado com as teimosias do
povão e das manobras politiqueiras dos seus ‘representantes’,
findou entregando as rédeas e foi-se para Paris, onde faleceu.
República
Os
militares (quase todos monarquistas natos) vislumbrando o desastre a
porvir, mantiveram
firmes
as rédeas do poder em suas mãos. Não teve jeito. Com o tempo as
oligarquias se revezavam no poder, destruindo mais e mais as
estruturas econômicas e sociais da Nação, inibindo
qualquer tipo de inovação e desenvolvimento.
De
todos só salvaram-se dois presidentes: Getúlio Vargas e Juscelino
Kubitschek. O Getúlio edificou
a estrutura das políticas públicas com a instituição do Salário
Mínimo e a da CLT, bem como inovou
com
uma fonte de riqueza essencial com a criação da Petrobras. Já o
Juscelino vai levar o Brasil de exportador de commodities
para o mundo da industrialização, porém
incrementando
mimoso namoro com o neoliberalismo, que não foi visto com bons olhos
pelo sindicalismo surgido ainda na época do Getúlio.
A new República
Não
sei se tem muito de new esta etapa republicana, mas pelo
menos despertou uma gigante esperança de mudanças radicais. Ela se
inicia e finda com o 1.º Governo Lula. Foram instalados instrumentos
de políticas públicas contra a miséria que repercutiram no mundo
inteiro: Bolsa
Família,
Fome
Zero,
Primeiro Emprego, Combate à Escravidão,
ProUni e outros mais. O Brasil econômico simplesmente explodiu.
Não
me canso de dizer: esse tipo de política pública nunca se
coadunaram com
a esquerda, mas sempre com
a direita,
aliada
histórica do empresariado internacional. Se um governo
deseja fazer a economia
crescer gigantescamente, implante as políticas públicas do 1.º
Governo Lula. Entretanto, os governos sempre teimam em reimplantar o
falido modelo neoliberal que melindra mais ainda a situação da
economia nacional. O
empresariado europeu
já aprendeu a
lição:
quem faz as empresas crescerem com muita saúde econômica não são
vantagens ou incentivos fiscais, mas a geração e expansão do
mercado consumidor. O Brasil tem um potencial de mais
de 220
milhões de consumidores e o despreza radicalmente, pois coloca mais
de 60%
na pobreza, excluindo
assim mais
da metade
dos brasileiros do mercado consumidor. Não sei o quê tem de difícil
nessa regra para o empresariado brasileiro não
conseguir entender:
quanto
mais consumidor, maior o crescimento da economia.
Até a China aprendeu isso e está conquistando consumidores do mundo
inteiro, tornando-se a 2.ª maior potencia econômica do planeta. Em
tempos de corona, estamos sentindo na carne, esse fenômeno chines.
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Brasil por último
E
a atualidade? Um deus
nos acuda!
Os brasileiros trocaram o Brasil
acima de tudo,
pelo
Brasil do Bolso
ou pelo Brasil
do PT.
Estamos divididos pelo ódio ao inimigo.
E só tem essas
duas soluções; quem desejar fugir do enquadramento é
compulsoriamente encaixilhado numa das duas molduras. Até mesmo
diagnóstico e terapia médica, pelo menos no caso do covid-19,
tem uma pra cada lado. E quem tiver opinião própria ou
contrária
é, de plano, emoldurado no flanco petista, queira ou não queira.
Pense numa situação pra lá de maluca!
O
brasileiro sempre teve um ponto comum, onde não poderia ocorrer
divisões ou dualidades: a Seleção
Brasileira.
Ninguém resistia ao
encanto da
Canarinha. Mas,
o
João
Havelange e o Ricardo Teixeira promoveram
na
CBF um
auge gigantesco
de corrupção e orgias de ladroagem em dimensões incomensuráveis,
que chegamos ao vergonhoso 7 x 0 para a Alemanha no final do mundial.
Foi a última gota d’água para o brasileiro, que perdeu
gigantescamente o interesse pela sua Seleção.
Outro
aspecto de união era o carnaval.
Mas, já mostrava sinais de fraqueza: uns preferiam o repouso, outros
o retiro espiritual, outros apenas afastar-se das algazarras.
Entretanto, o covid-19 deu agora o golpe quase mortal no carnaval.
Perspectivas
Essas
não são muito alvissareiras. A religião
poderia ser uma boa, pois
o brasileiro tinha sempre ao cume das dificuldades o famoso “Valha,
Nossa Senhora!”.
Mas, surgiu um tipo de igreja, caracterizada como neopentecostal que ressuscitou a tal Teologia da Prosperidade e
enterrou o “Valha,
Nossa Senhora!”.
Essa
teologia não muito religiosa, dizem ter nascido nos Estados Unidos
entre os neopentecostais norte-americanos, mas ela é mais antiga,
posto que remota dos chamados Huguenotes
(calvinistas franceses) que fugiram das perseguições de Luís XIV,
rei de França, ainda aos tempos da Reformação.
Independentemente,
de onde surgiu, aqui no Brasil, essa
‘teologia’ nada religiosa se enamorou pela faixa mais baixa na escalada social e se tornou uma das mais influentes forças econômicas, social e,
principalmente, política da Nação. Rapidamente, alcançou grandes fortunas e investiu em jornais, rádio e televisão,
domando grande parte da população com o chamado teleculto.
As madrugadas do brasileiro foram invadidas por essas artimanhas de
arrancar dinheiro dos menos afortunados e em crise pessoal,
existencial
ou
social, prometendo fortuna e cura de seus males, que naturalmente
nunca chegava, como o covid-19 conseguiu demonstrar
com maestria, que
as neopentecostais não ministram cura para nada.
Não
satisfeitos com a área econômica implantaram a chamada Bancada
da Bíblia
nos parlamentos brasileiros para desenvolverem, juntamente com a
Bancada
da Bala
uma enorme influência política em todo território nacional. Hoje,
nada se decide sem o consentimento dessas duas Bancadas.
A
salvação do brasileiro é que ele é altamente modista. Esperamos
que essa moda passe rápido.
Acelino
Pontes