sábado, 9 de abril de 2011

Tragédia na Escola


Fonte: Internet.

Quem me diz o ‘porquê’ dessa tragédia na escola do Rio? É! Pergunta para lá de difícil. Mas, não vai faltar gente para responder e mais responder. Oferecem cada resposta bonita, que dá gosto de ouvir. E a solução? Essa está mais distante do que a Terra do planeta Júpiter.

Se eu refletir bem, visitar uma escola de hoje, comparar com a escola de ontem, posso não encontrar um ‘porquê’, mas certamente vou encontrar uma série de diferenças monstruosas entre o hoje e o ontem.

Primeiro, a escola era escola. Lugar onde eu aprendia, nem que fosse uma boa postura. Hoje, a escola é somente uma fábrica para produzir concludentes de cursos de nome esquisitos que os políticos sempre mudam; talvez na esperança de dar solução para os graves problemas da educação. Vez é exame de admissão, ginasial, científico, vez é ensino infantil, fundamental, do primeiro grau, do segundo grau. E, com essa tragédia, não vai tardar por mudarem nomes e nomenclaturas, com se isso solucionasse o grave problema. Em todo caso, hoje, escola não tem sabor e nem cores de escola.

Segundo, o tamanho. A escola de ontem era pequena do tamanho do alcance da minha restrita vista de gente pequena. Oferecia uma dimensão para mim e meu tamanho. Hoje, ela é enorme para caber tudo e todos.

Terceiro, eu ia para a escola porque queria estudar e todos que lá estavam também queriam estudar. Hoje, é um dever, obrigação. Vai para a escola todo mundo, queira ou não queira. A escola virou prisão de criança e adolescente. Se estou motivado vou, se não estou, sou obrigado a ir; até tem dinheiro para os pais obrigarem seus filhos a estarem na escola.

Quarto, eu aprendia e ficava orgulhoso do saber que acumulava durante os meses e anos. Tudo era ligado a decoreba, mas aprendia e muito. Estava sempre feliz por saber e mostrar o meu saber. Hoje, não se aprende, simplesmente se passa de ‘ano’.

Quinto, o professor era respeitado e ensinava com afinco. Se bom ou ruim na didática, conseguia angariar a confiança e o respeito dos seus pupilos. Hoje, o professor só fala de motivação e salário. E onde fica a vocação? Não sabe mais o que seja vocação. O professor tem apenas uma relação de emprego e não um compromisso com o magistério, com a mais nobre das profissões, com o repassar saber e experiência, com o ofício de mestre. Posso até dizer que antes surgia uma relação de amor mútuo entre mestre e alunos. Hoje, não raro reina o ódio nesse ambiente.


Sexto, o currículo era direcionado ao tempo disponível para o aprendizado. Daí se escolhia um pouco de cada disciplina, mas que não sobrecarregasse o aluno e nem o mestre. Hoje, é direcionado ao volume de conhecimento universal da humanidade e se entope o currículo com mil e uma coisas, geralmente desnecessárias ou sem qualquer relação com a realidade do aluno e seu meio. Se tá na Globo, tem que tá na escola. E tome conteúdo em sala de aula.

Sétimo, se via uma enorme camaradagem entre os alunos. Existia orgulho de ser membro de sua escola e todos estavam unidos. Com que honra e prazer vestia o uniforme da minha escola. Hoje, há gangs e mais gangs na mesma escola. E todos os conflitos externos são repassados para o ambiente escolar. Isso sem falar no tal mobbing (assédio psicológico) ou bullying (agressão social) que fabricam verdadeiras feras altamente selvagens ou malucos produtores de tragédias.

Oitavo, a gente nos fins de semana estava no cinema. Lá se via que o bem sempre vencia o mal. E os heróis eram os nossos modelos de comportamento. Hoje, a alunada mal sai da aula estão ante a tv para assistir os programas policiais, onde se ensina a cometer crimes e se valoriza fazer o mal. São as paradas que moldam comportamento.

Nono, pai era sempre pai; mãe nunca deixava de ser mãe. Hoje, ninguém sabe quem é pai ou é mãe. Há separações, divórcios; quando não, pai, mãe, filho ou irmão matando uns aos outros. A família fracassou, só restou uma instituição social ou jurídica.

Décimo, escola era uma instituição social, um bem da comunidade. Hoje, a escola é um setor econômico que vai pra lá de bem obrigado, produzindo fortunas, para os donos, naturalmente. E se o aluno é pobre, sua escola é um lixo social.

São dez diferenças, mas certamente você conhece bem mais do que essas. Indiscutivelmente, a causa dessa tragédia está no indivíduo, no maluco. Mas, não esqueça que a escola atual está produzindo, a cada dia, mais e mais malucos. E esses malucos não se dão a  conhecer; estão aí invisíveis em cada lugar, assistindo e vendo o que ocorreu em Realengo. Cismando para depois ‘fazer melhor’.

Em todo caso, urgentemente temos que tomar uma atitude. Educação tem que voltar a ser educação e não fabrica para produzir concludentes do não sei o quê, quando não, para produzir malucos.


Acelino Pontes

27 comentários:

  1. "É MAIS FÁCIL E MENOS COMPLICADO CRER EEM DEUS DO QUE NÃO CRER NELE"* DEUS ESTÁ NO CONTROLE * Alguns querem explicações de fenomenos que servem de exemplo para a sociedade humana. Em algum ponto estamos falhando, e Deus fala lhe convém. Na verdade essa realidade para muitos que não aceitam Jesus como seu Salvador, então vai permanecer o silêncio e a busca por respostas insondáveis. EIS-ME AQUI SENHOR. HALLELUJAH

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Mas, será que a questão nessa tragédia é crer ou deixar de crer?

    Talvez, seja somente uma questão humana, minha, sua, de todos nós. Seja uma questão no ambiente do livre arbítrio; da prática do bem ou da prática do mal.

    Esse tipo de tragédia deve receber uma reflexão sobre nós mesmos, a nossa sociedade e as nossas próprias responsabilidades para com o outro e o todo.

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  4. Queria muito escrever esta semana sobre um fato desagradável que aconteceu comigo em uma agência do Banco Real/Santander, mas depois do acontecido hoje na Escola Municipal Tasso da Silveira, em realengo, onde um jovem de 23 anos, invadiu as salas de aula e tirou a vida de jovens alunos entre 7 e 14 anos e feriu outros, e atingido por um policial, acabou se matando; então resolvi mudar meu discurso.

    Não cabe agora ficarmos tecendo comentários, sobre quantos matou, quantos feriu; se este psicopata tivesse assassinado apenas uma criança, já seria um absurdo. Não apenas uma vida foi ceifada, mas seus descendentes também foram abatidos. Então não cabe entrarmos nesta discussão. Acho que uma pergunta razoável, talvez seria o que leva um ser humano a cometer tal ato?
    Fiquei pensando sobre o assunto o dia inteiro, mal consegui trabalhar.

    Porque este jovem cometeu este ato insano? Essa pergunta reverbera por muitos anos... Como? Ouço e me pergunto: do que estamos a falar?

    Nós seres humanos matamos outros de nossa própria espécie, muitas das vezes não nos importando com as consequências futuras: Vamos nos lembrar dos atos cometidos por Hitler, pelo nosso falido sistema presidiário brasileiro, pelo governo americano com suas vitórias sobre Hiroshima e Nagasaki, pelo ônibus 174, pelo governo chinês que ainda vive na era do fuzilamento, pelos países que ainda aprovam o apedrejamento e por aí vai. Até quando iremos usar as guerras, como pretexto para se alcançar a paz?

    Só falta agora para sentirmos segurança em nosso coração, termos que andar com uma pistola na cintura.. Só os homens deste nosso planeta chamam a isso de paz. O que temos ensinado as nossas crianças?

    O que há encoberto por esta burca da maldade? Nós: Seres humanos. Nós!

    Precisamos não só chorar por estas crianças, mas chorar por todos nós. Em minha última instrução, como aprendiz, foi-me ensinado que o nosso maior “inimigo” somos nós mesmos, foi isto que disse nosso Past Master Tenisson e nosso Venerável Mestre Fernando Pacheco. Precisamos entender que existe um mal dentro de nós, precisamos cultivar mais amor em nossos corações, entender que a dignidade humana existe e precisa ser exercida, dar acesso a saúde para nossa população, mas saúde em todos os sentidos, termos a sensibilidade para perceber que um garoto em uma escola que não se comunica com ninguém e que muitos o chamam de estranho, precisa ser ajudado enquanto há tempo.

    Vamos lutar para não só melhorarmos de vida, mas que a vida que está em nós seja melhorada.


    Henrique Gomes Ferreira
    A.´.R.´.B.´.L.´. Liberdade 47 #59
    Mail: henriqueliberdade47@hotmail.com
    Msn: henriquejpa@hotmail.com

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  5. Full View
    INSTRUAM SEUS FILHOS
    From:
    Rogério Augusto
    To: maconaria-brasil@yahoogrupos.com.br

    Recebi isso......


    INSTRUAM SEUS FILHOS... A menina que você chama de gorda, passa dias sem comer para perder peso. O menino que você chama de burro, quem sabe tenha problemas de aprendizagem. A menina que você acabou de chamar de feia passa horas arrumando-se para que pessoas como você a aceitem. O menino que você provoca e goza na escola, pode receber maus tratos em casa e você só estará contribuindo para destruir sua auto-estima. Se você é contra o BULLYING (violência psicológica) e quiser… Compartilhe


    e complemento com isso:

    Sobre instruir os filhos é bom observar se o filho nao é apenas o sofredor de bullying mas sim, o causador...
    isso ninguem pensa e percebe
    porisso é bom observar os comentarios que nos fazemos em casa em frente a eles
    os filhos fazem bullying geralmente pelos conceitos apresentados em casa pelos proprios pais

    vamos refletir
    terno abraço a todos
    Rogerio Augusto

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  6. Henrique e Rogério,

    suas contribuições enriquecem o debate. Parabens.

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  7. Vejam esta opinião:

    "Carrie, a Estranha
    Você já deve ter visto Carrie, a Estranha, bom filme de Brian de Palma. Sissy Spacek interpreta uma garota chamada Carrie, que é, bem, estranha. Veste-se como uma anciã, não tem amigos, vive isolada num casarão com a mãe fanática religiosa. Por conta de sua esquisitice, como todo adolescente esquisito, Carrie torna-se vítima de bullying na escola. Os outros caçoam dela e a perseguem. No final do filme, a turma do colégio lhe impinge um superbullying. Carrie é humilhada diante de todos. Mas eles não contavam com seus poderes telecinéticos. Em vez de empunhar uma pistola e sair matando os colegas, ela usa suas faculdades paranormais a fim de encerrá-los num salão de baile no qual toca fogo, sempre com a força da mente. Morrem quase todos no incêndio, Carrie inclusive.

    Contei o fim do filme, mas você provavelmente não se surpreendeu: o roteiro é o mesmo do caso do psicopata de Realengo e de tantos outros pelo mundo afora. O interessante aí é que Carrie é uma produção de meados da década de 70. O que desmente aquela autoridade que concluiu com a seguinte frase um estudo sobre violência escolar publicado há pouco: “O bullying é um fenômeno do nosso tempo”. Não é. O bullying sempre existiu. O que não existia era esse belo nome em inglês.

    Os adolescentes praticam bullying uns com os outros por necessidade natural. Eles estão vivendo a fase gregária da vida. Começam a contestar os pais e seu sistema de vida para tentar descobrir sua própria identidade, a identidade da sua geração. Eles precisam se identificar com um grupo, precisam se unir, e a melhor forma de união de um grupo é excluir alguns outros, é definir indesejados. Em geral, os que não se parecem com os membros do grupo. Transformar alguém em alvo de perseguição é um delicioso agente de união. É como dizer: nós não somos igual a ele; ele é um idiota, nós não. O bullying, portanto, sempre existiu. O que não existia antes dos anos 70 de Carrie, a Estranha, eram dois fatores:

    1. Os adolescentes não tinham acesso tão amplo às armas de fogo.

    2. Os adolescentes respeitavam os professores.

    Antes, um professor podia identificar e reprimir o bullying. Agora, os professores às vezes são vítimas de bullying.

    Por quê?

    Por vários motivos. O principal deles é que os pais dos alunos não respeitam os professores. Se um professor reprime um aluno, corre o risco de ser processado pelos pais. A reação do pai é, sempre, a de procurar o erro no professor, nunca no seu filho.

    E o que aconteceu para que pais de repente passassem a desrespeitar os professores?

    Não foi de repente. Começou pouco antes da época de Carrie, depois da II Guerra Mundial, quando toda autoridade passou a ser contestada num processo semelhante ao que ocorre com os adolescentes. Era necessário mudar o mundo feito pelos pais do século 20. Não podíamos ser os mesmos e viver como nossos pais, como temia o Belchior.

    O dilema do Estado moderno, da família moderna e da escola moderna é exatamente esse. Ter autoridade sem ser autoritário. Punir sem ser cruel. Reprimir sem ser repressor. Incentivar a independência, não a permissividade. Ser livre sem ser individualista. É muita sutileza para uma sociedade tão pouco sutil."

    DAVID COIMBRA

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  8. Há um muito de verdade nestas palavras. Mas, houve sempre a repressão do bullying, tanto de parte dos pais e mestres, como tambem de parte do próprio grupo de adolescentes e da sociedade. Esse comportamento se aduz do livre arbítrio, que deve ser induzido no jovem, naturalmente para a prática do bem.

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  9. Aprenderemos alguma coisa com isso?

    O atirador de Realengo é culpado. Isso é óbvio. Mas, só ele?

    E a família adotiva que ao invés de levá-lo a um psiquiatra encheu a cabeça dele com religião?

    E os alunos que abusavam dele?

    E os professores e diretores que sabiam e não fizeram nada?

    Aprenderemos alguma coisa com isso?

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  10. Minha pequena e longa historia.Na Escola nao dava para acompanhar os outros,tinha que fazer recuperacao e aulas particulares.Repeti o primeiro ano,ai eu ja era um menininho grande e que repetio o ano.Segunda serie passei raspando e a auto estima tambem.Terceira serie repeti e troquei pela terceira vez a escola.Fui para uma escola particular e estrangeira.AQs coisas ficaram ainda mais dificeis.Repetente,grande,infantil,desligado,naomuito bonito para os padroens da epoca,etc.
    Ja comecavam as frases tipicas como:Voce e grande mas burro,Bebesao,Burrao,ET,Olivia Palito,pois meu nome e Oliver.Os Alunos desta Escola eram todos de Familias muito bem de vida,roupas de marca,casas com picina,carros caros com motoristas e tudo mais.Meu Pai tinha o direito de colocar agente em colegio extrangeiro pois era contratado da alemanha.Mas os nossos padroes eram outros.Ai chegou com muito esforco a sexta serie,e a repeti!Nao era bom de futebol e nem tenis.Bom ai troquei novamente a escola aguentei ate a oitava serie,quando estava prestes a repetir.Sai e fui morar na alemanha.Nova escola,e novos colegas.Eu com 17 e meus colegas com 14,15.Final de ano meu profesor falou para eu sair da escola pois nao melhoraria mais.E seria melhor tentar trabalhar doque estudar.Tentei varios empregos ,e sempre que ficava muito tecnico e complicado.Eu suava frio e antes de passar vergonha pedia as contas.Nunca fui mandado embora sempre fui muito pontual e honesto,simpatico e muito educado.Acabei tentando 3 vezes fazer curco tecnico em varias areas mas nao concegui terminar porcausa da parte teorica nas escolas.Tentei a carreira militar por um ano na alemanha,mas nao tinha o perfil de lider para ir para frente.Bom hoje em dia tenho um negocio proprio com minha familia mas nao estou me achando neste negocio.Sou casado e tenho dois filhos maravilhosos.Mas errro muito e nao concigo ser como gostaria.Tive nos ultimos anos muitos problemas de deprecao e crises nervosas.Os momentos tristes e negativos na escola me perceguem.A palavra Medo,falhar,perder,nao conceguir fazem parte da minha mente.Sei que sou muito inteligente e criativo,mas so concigo sonhar.Tenho medo do futuro,pois nao posso falhar com os meus filhos.Mas acho que nao vou dar conta.No meu esporte favorito que pratico a 28 anos nao concegui me destacar,e olha que eu achei que era a unica coisa em que era bom.Mas o medo me empedio de arriscar mais e assim nao me destaquei.Ja pencei em suicidio mas ate disto tive medo de me arrebentar e nao morrer.Depois complicar mais as coisas ainda.Descobri que tenho TDAH e Dislexia.Tenho Deprecao e tenho que me cuidar para nao virar Bipolar.Nao pedi isto e nao quero estar na moda.Pois dizem que isto e moda.Eu nao acho que uma coisa que faz mal para agente possa ser um modismo.Mas parte disto foi oque me atrapalhou a vida na escola.Antigamente nao se reconhecia estes problemas,mas hoje sim!Agora temos que mudar as coisas!Eu tenho muita raiva de sertas coisas que passei na escola e com sertos professores.Mas gracas a Deus tenho conciencia das coisas.E meus filhos que nao posso decepcionar.Mas se as coisas fossem diferentes?Nao sei?Isto e um pouco da minha historia,nao tenho vergonha de falar,pois talvez possa ajudar para salvar muitas Criancas,Jovens,Adultos e seus futuros Filhos.
    Temos que ver todos os lados da historia,no caso do Rio de Janeiro.Temos que entender sim um pouco da situacao do rapaz que causou tudo isto.Nao precisamos perdoar-lo mas entender-lo,pois o mesmo problema pode acontecer de novo.Ate com uma da criancas que sobreviveram,pois estes se nao tiverem uma acistencia agora.Podem virar os futuros assacinos agora.E ai quem vai cupar los?

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  11. Ao ler esse texto, fiquei me perguntando: De que país está sendo falado aqui, Brasil? Essa escola modelo, perfeita, não existe e nunca existiu. O bulling existe desde o tempo da minha avó. Mas não tinha esse nome bonito q tem hj. É evidente que estamos diante de um belo texto saudosista. No meu tempo de escola do meu pai, por exemplo, sempre houve disputa, richas, bullings até por parte dos professores. Meu pai dizia que quem não sabia algo usava um chapéu de burro e os colegas tratavam-no como tal, fazendo-o andar pela sala como se fosse um burro. Havia brigas constantes na saída da escola. O currículo era tão inútil como o que temos hoje. A escola tinha janelas nas portas e asemelhavam-se a prisões. O próprio Foucault compara a escola a uma prisão. Leia a Ordem do Discurso. Penso que o problema do Rio de Janeiro está relacionado a uma patologia que a sociedade não sabe cuidar: o doente mental.O progama de inclusão é o resultado dessa falta de solução. Incluem-se alunos problemáticos em salas regulares com professores despreparados ( como eu mesma). Os alunos, logicamente, excluem o diferente. A inclusão só acontece apararentemente. Ninguém quer fazer trabalho com alunos que comem caquinha do nariz e não se sociabilizam. Daí que a criança doente sente mais forte a diferença. Ela não atinge as notas, não acompanha as aulas e é incapaz de se socializar. Se essas crianças fossem diagnosticas e tratadas devidamente em escolas específicas, elas poderiam ter algum progresso. Mas é bem mais fácil investir em "programas de inclusão" do que tratamento para esses doentes. Um psicopata precisa de acompanhamento especial. A cena que vimos pode se repetir se ainda tratarem essas crianças como um número que precisar ser somado aos "normais". Eis a cerne do problema.

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  12. A 'longa história' acima é muito impressionante. Não é rara. Expresso a minha solidariedade com o autor, na esperança que ele não desista de si próprio.

    Mas, o que mais me impõe é a sua conclusão final, quando o autor nos leva ao entender os motivos e a situação do autor dessa barbaridade. Realmente essa é uma importante questão do aspecto preventivo.

    Temos que entender sim, o que aconteceu para alcançarmos a condição de poder prevenir.

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  13. Ao segundo comentarista, gostaria de lembrar que o sistema antigo não era perfeito, mas melhor do que o de hoje em muitos aspectos, naturalmente não nos aspectos físicos, que a própria modernidade impediria. Apesar do exposto, ainda defendo que as relações entre os atores estavam impregnadas de uma melhor qualidade.

    Entretanto, a questão do 'doente mental', no meu parco entender, aqui é muito mais importante conhecer quem gerou esse 'doente mental', em especial, se esse gerador tenha sido a própria escola. Se foi a escola é mais importante averiguar como isso aconteceu, pois assim poderemos evitar que outros 'doentes mentais' surjam.

    Concluindo, concordo plenamente que a nossa preocupação primeira deva ser direcionada para um melhor tratamento de todas as crianças na escola.

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  14. achei um pouco tendêncioso o teu artigo...

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  15. Realmente, Ruy,

    é uma visão subjetiva, mas que mostra uma vertente da realidade.

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  16. Este comentário foi removido por um administrador do blog.

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  17. Juliana Martins - Porto Alegre/RS
    A mídia sempre se refere ao rapaz que matou as crianças da escola como "o atirador", " o assassino", "o monstro"...
    Ninguém quer enxergar que ele foi tão vítima quanto cada vítima que ele fez.
    Criaram um monstro dentro de uma pessoa e não admitem. Enquanto nós, seres humanos, não admitirmos nossas falhas como pais, profissionais, etc... as coisas não irão mudar.
    Continuaremos a criar cada vez mais e mais monstros e continuaremos a ser vítimas de nós mesmos...

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  18. Excelentes ponderações, Juliana,

    parabens.

    Sua reflexão é extremamente importante para evitar novas catástrofes.

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  19. Temos que rezar mais para ele.Só ele sabia o quento era chacoalhado,e ridicularizado.Nós mesmos sentimos quando alguem nos faz algo que não gostamos.Aí se tivessemos uma arma na mão.E com todo nosso equilibrio e dissernimento.E isso de repente ele sofria a anos e anos.E um dia...explodiu!!!

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  20. Não se pode provar que ele tenha sofrido tanto, mas é perfeitamente possível.

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  21. primeiro- condições sociais não empurra ninguém a marginalidade pois a necessidade empurra faz o ser humano a luta.
    pois,sou filho adotivo,venho de familia pobre.
    e nunca vi nisso o direito de cair na marginalidade.

    segundo vivemos numa sociedade,que pensa apenas em direito e não em deveres (rever estatuto do adolescente).
    e responsabilizar os pais pelos seus erros.
    terceiro -a escola deve ser o segundo lar do jovem. portanto os alunos devem respeitar o professor como seus pais.

    terceiro -escola não é para educar e sim para
    dar formação profissional e intelectual.
    se o aluno for mal educado é porque o pai é pior.

    quarto -não atribuir apenas ao governo e sim meio a meio com a familia.

    quinto-quando existia menos igreja e as que existiam era de chão batido.
    o povo se conversava mais.
    hoje até na televisão tem programas religiosos.
    saem da porta da igreja e não se comunicam mais, só no próximo culto ou missa.

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  22. Não acredito em 'direito de cair na marginalidade'. Mas, determinadas situações na vida socio-econômica pode levar o jovem à marginalidade.

    Suas demais considerações merecem reflexão.

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  23. Caro Acelino,

    debate necessário, mais do que nunca. Como biólogo, creio que as raízes do problema podem sim, ser compreendidas pela ciência. Aumente progressivamente a densidade de qualquer mamífero em gaiolas e observará um aumento na agressividade. Não é isso que estamos fazendo com nossa população? À urbanização desenfreada e sem estrutura (em 50 anos mudamos de 80% da população rural para 20%) soma-se a eterna necessidade do sistema capitalista em crescer, para isso precisamos todos ser consumidores, não mais cidadãos. Fala-se da criminalização crescente da pobreza em todo o mundo "desenvolvido". Não acho que a solução está mais longe que Júpiter, mas precisamos começar a questionar as bases da nossa sociedade.

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  24. Nossa, achei ótimo este blog; nota 10, meus parabéns.

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  25. Sandra,

    obrigado. Me faz feliz seu comentário.

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  26. Rodrigo,

    corretíssima a sua avaliação. A agressividade é uma equação complexa na nossa sociedade, mas a estrutura social determina e produz essa agressividade. Porquanto, antes de tudo vamos produzir uma re-engenharia social.

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